Comentário: debater ou não debater, eis a questão?
O segundo turno morno da campanha eleitoral para o governo da Bahia se debruça agora entre aqueles que querem o debate entre ACM Neto e Jerónimo Rodrigues e aqueles que não querem o debate para cumprir uma tática eleitoral.
Jerônimo, no primeiro turno, era um entusiasta dos confrontos. Foi para todos e em todos imputou e repetiu o mantra de candidato fujão a ACM Neto que só se fez presente no último confronto na TV Bahia.
Neto, na liderança até então, se valia da tentativa de só querer debater com Jerónimo para justificar as ausências. Estava claro que ele não queria fazer o embate com João Roma.
Agora que a mesa virou e Jerónimo despontou na frente no primeiro turno, ACM Neto quer participar de todos e a o núcleo petista faz o eleitor de idiotia sem dar uma reação ou não. Alimentando expectativas que devem não ser concretizadas, por exemplo.
O principal entusiasta da não ida de Jerônimo aos debates é Geddel Vieira Lima que mobilizou toda a claque governista com o discurso que de que não há necessidade de se debater mais nada, pois a chance para isso era o primeiro turno. Mera e pura conveniência e conversa para boi dormir.
Seria muito importante para a democracia do solo baiano um confronto de alto nível entre os dois principais concorrentes na disputa do Palácio de Ondina. Até mesmo para ficar no registro da história política do Estado. O eleitor precisa de um confronto até o fim, mas quem sempre é o dono da bola do momento tende a fugir por medo de ter um desempenho aquém do esperado.
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