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CGU vai abrir investigação sobre entrada ilegal de joias na comitiva de Bolsonaro

Um inquérito para apurar a atuação de servidores no caso da entrada ilegal de joias doadas pela Arábia Saudita ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vai ser aberto pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A medida será adotada por conta das autoridades supostamente envolvidas. Conforme a AGU, o procedimento é chamado de investigação preliminar sumária e pode levar à abertura de um processo administrativo disciplinar para punir servidores que tenham agido de maneira irregular no processo.

“A medida tem amparo no art. 4º, inciso VIII, do Decreto nº 5.480/2005 (que dispõe sobre o Sistema de Correição do Poder Executivo Federal) e foi tomada em razão das autoridades supostamente envolvidas no caso, da possível participação de servidores públicos de mais de um órgão federal e, por consequência, da complexidade da apuração”, disse a AGU.

Os itens foram encontrados na mochila do militar Marcos André dos Santos Soeiro, que assessorava o então ministro Bento Albuquerque, em outubro de 2021. A entrada das joias no país foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Marcos André tentou passar pela alfândega do aeroporto de Guarulhos, na fila do “nada a declarar”. Pela lei, ele deveria ter declarado as joias e ter pagado uma taxa de 50% do valor total.

As joias que seriam presentes do governo saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, são avaliadas em 3 milhões de euros, o que equivale a R$ 16,5 milhões.